sábado, 18 de agosto de 2018

Redação - Declaração de Amor à Língua Portuguesa

Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia "ele está em casa", "em casa" era o complemento circunstancial de lugar.

Agora é o predicativo do sujeito. "O Quim está na retrete" : "na retrete" é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos "ela é bonita". Bonita é uma característica dela, mas "na retrete" é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.

No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um "complemento oblíquo". Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo "complemento oblíquo", já está. Simples, não é?

Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos diretos e indiretos, ou diretos e indiretos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, percetivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, "algumas" é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.

No ano passado se disséssemos "O Zé não foi ao Porto ", era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos "A rapariga entrou em casa. Abriu a janela", o sujeito de "abriu a janela" era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?

A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo exceto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas.

Por exemplo, o que acham de adjetivalização deverbal e deadjetival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais?

Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer.

Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em "ampa", isso mesmo, claro.)

Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, exceto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou : a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redações também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.

E pronto, que se lixe, acabei a redação - agora parece que se escreve redação.
O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.

E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar:
Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito."

A idade

UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE
Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro a segurar o seu chapéu firmemente com as duas mãos para não ser levado  pelo
vento. Um cavalheiro aproxima-se e diz:
- Perdoe-me, senhora...não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está a levantar bem alto o seu vestido?
- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu.
- Mas, senhora....a senhora deve saber que suas partes íntimas estão a ser expostas! - disse o cavalheiro.
A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu:
- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja a ver aqui em baixo tem 85 anos. O chapéu comprei-o ontem.

Vais Gostar

Quando um pássaro está vivo, ele come as formigas, mas quando o
pássaro morre, são as formigas que o comem. Tempo e circunstâncias
podem mudar a qualquer minuto. Por isso, não desvalorize nada em sua
volta. Você pode ter poder hoje, mas, lembre-se: O tempo é muito mais
poderoso que qualquer um de nós! Uma árvore faz um milhão de fósforos,
mas basta um fósforo para queimar milhões de árvores. Portanto, seja
bom! Faça o bem!

"O tempo é como um rio. Você nunca poderá tocar na mesma água duas
vezes, porque a água que já passou, nunca passará novamente.
Aproveite cada minuto de sua vida e lembre-se:

Nunca busque boas aparências, porque elas mudam com o tempo. Não
procure pessoas perfeitas, porque elas não existem. Mas busque acima
de tudo, um alguém que saiba o seu verdadeiro valor."

Tenham 3 amores:
- A Vida;
- A Família;
- Os Amigos
A vida porque é curta;
A família porque é única;
E os amigos porque são raros!

FATURA COM NIF EM 2019

RIAM-SE, RIAM-SE !
ESTAMOS A CAMINHAR PARA ISTO COM uma INCRIVEL VELOCIDADE                           

- Telefonista: Pizza Hut, boa noite!
- Cliente: Boa noite, quero encomendar Pizzas...
- Telefonista: Pode-me dar o seu NIF?
- Cliente: Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
- Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Paes de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone é o 215494236, certo?
O telefone do seu escritório na Liberty Seguros é o 21 574 52 30 e/ou o 21 574 52 30 e o seus telemóveis são o 962662566 e o 964756690, correto?
- Cliente: Como é que conseguiu todas essas informações?
- Telefonista: Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central......
- Cliente: Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
- Telefonista: Talvez não seja boa ideia...
- Cliente: O quê...?
- Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alto. Além disso, o seu seguro de
vida, proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.
- Cliente: Claro! Tem razão! O que é que sugere?
- Telefonista: Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? Prometo, o senhor vai adorar!
- Cliente: Como é que sabe que vou adorar?
- Telefonista: O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27h e permaneceu
ligado à rede durante 39 minutos o que me leva a pensar que gostou do que viu e daí a minha sugestão...
- Cliente: Ok, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
- Telefonista: É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
- Cliente: Quanto é?
- Telefonista: São 49,99 €.
- Cliente: Quer o número do meu Cartão de Crédito?
- Telefonista: Não é preciso, mas lamento, pois o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
- Cliente: Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
- Telefonista: Duvido que consiga já que a sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
- Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
- Telefonista: Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar
duas Pizzas na moto, não é lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
- Cliente: Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
- Telefonista: Peço desculpa, mas também reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado, entretanto, como a sua moto está paga,
pensei que fosse utilizá-la.
- Cliente: F...!
- Telefonista: Gostaria de pedir-lhe para não ser mal educado... Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em
público com um Agente da Autoridade
- Cliente: (Silêncio)...
- Telefonista: Mais alguma coisa?
- Cliente: Não. É só isso... Ah, espere... Não se esqueça de mandar os 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
- Telefonista: O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas
diabéticas...
- Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh! Vou atirar-me pela janela!
- Telefonista: Cuidado que pode torcer um pé, já que o Sr. mora no rés-do-chão!

Pedi por favor

E pedi por favor ....
Estava em casa, sentado na sala a mexer no telemóvel e a minha mulher a ver televisão.

Pedi-lhe, por favor, para me ir buscar uma cerveja ao frigorífico, ao que ela respondeu que não ia porque queria ver aquela parte da novela.

Aí o telemóvel dela, que estava na cozinha, tocou.
Ela levantou-se rapidamente e foi ver quem era.
Era uma mensagem que dizia:

"Já que estás na cozinha, podes trazer-me uma cerveja, por favor ?"

Acordei no hospital. Não sei se levei com um pau ou com um tijolo !... É de uma ingratidão !...

Divinal (literalmente)

Um casal tinha dois filhos, um de 8 e outro de 10 anos, que eram umas "pestes".
Os pais sabiam que se houvesse alguma travessura na zona onde moravam, eles com certeza estariam metidos.
A mãe das crianças ficou sabendo que o novo padre da cidade tinha tido bastante sucesso em disciplinar crianças.
Então ela pediu ao padre que falasse com os meninos. O padre  concordou, mas pediu para vê-los separadamente.
A mãe, então, mandou primeiro o filho mais novo.
O padre, um homem alto com uma voz de trovão, sentou o puto e perguntou-lhe austeramente:
- Onde está Deus?
O garoto abriu a boca, mas não conseguiu emitir nenhum som, ficou sentado, com a boca aberta e os olhos arregalados.
Então, o padre repetiu a pergunta num tom ainda mais severo:
- Onde está Deus?
Mais uma vez o garoto permaneceu de boca aberta sem conseguir emitir nenhuma resposta.
Então, o padre levantou ainda mais a voz, e com o dedo no rosto do garoto gritou:
- ONDE ESTÁ DEUS ?
O garoto saiu correndo da igreja diretamente para casa e trancou-se no quarto.
Quando o irmão mais velho o encontrou, perguntou-lhe:
- O que é que aconteceu?
O irmão mais novo, ainda tentando recuperar o fôlego, respondeu:
- Desta vez estamos mesmo tramados...! Deus desapareceu e acham que fomos nós!!!